O Credo de Thomas Paine







No início da primeira parte de The Age of Reason, Paine expõe seu credo pessoal: Creio na igualdade do homem; e creio que os deveres religiosos consistem em fazer a justiça, amar a misericórdia e esforçar-se por fazer feliz o nosso próximo. Creio em um Deus, e nada mais; e espero alegria após esta vida.                                  

No entanto, a fim de que não se suponha que eu creia em muitas outras coisas além destas, eu devo, no correr desta obra, declarar as coisas nas quais eu não creio e minhas razões para não fazê-lo.                     

Eu não creio no credo professado pela Igreja Judaica, pela Igreja Romana, pela Igreja Grega, pela Igreja Turca, pela Igreja Protestante, nem por qualquer outra igreja que eu conheça. Minha própria mente é minha própria igreja.



Todas as instituições eclesiásticas nacionais, sejam judaicas, cristãs ou turcas, aparentam-me ser nada mais que invenções humanas, estabelecidas para aterrorizar e escravizar toda humanidade, além de monopolizar o poder e o lucro.

Não pretendo condenar, por meio desta declaração, aqueles que crêem de outra forma. Eles têm o mesmo direito às suas crenças assim como eu tenho às minhas. Mas é necessário à felicidade do homem que ele seja mentalmente fiel a si mesmo. Infidelidade não consiste em crer ou deixar de crer. Ela consiste em professar crer algo em que não se crê.                                                         

O credo de Paine condensa muitos dos temas principais do restante de seu texto: uma crença firme num Deus criador, um ceticismo no que tange às alegações sobrenaturais (neste caso, a vida após a morte; mais adiante, no texto, os milagres), a convicção de que as virtudes deveriam originar-se mais da consideração pelos outros do que por si mesmo, um ânimo contra as instituições religiosas corruptas, e uma ênfase no direito individual de consciência.

Fonte: The Age of Reason


2 comentários:

  1. Arthur
    A era da razão é um clássico deísta, escrito por Thomas Paine, publicado em três partes, 1794, 1795 e 1807. O escrito questiona a religião organizada e a legitimidade da Bíblia. Foi um bestseller nos Estados Unidos. No livro Paine defende a razão no lugar da revelação e a existência de um Deus. The Age of Reason, sem duvida, é uma das obras mais importantes da filosofia deísta.
    Quinta às 22:20

    Rodrigo
    Conheci este livro por causa da página no Facebook Deísmo Brasil !!!
    Segunda às 11:02

    Rodrigo Siqueira
    Não conseguia encontrar a tradução desse livro ... Obrigado pela tradução ! Quando vai sair o terceiro volume ? Estou ansioso ! Avise por e-mail! rs rs ...
    Segunda às 23:11

    Vitor Hugo
    Estive aqui por causa da União Brasileira dos Deístas.
    Sábado às 23:23

    Revista Galileu
    Para aprender que o poder do pensamento racional é a fonte primária da liberdade do mundo.
    Domingo às 21:25

    Mundo de Livros
    Thomas Paine foi um revolucionário responsável pela criação de vários panfletos no período da Revolução Americana. O homem esteve por detrás de acontecimentos importantes (como a Declaração da Independência) e tornou-se num ativista dos direitos humanos, numa altura em que tal não era comum. As ideias de Paine subsistiram ao tempo graças aos artigos que publicou e que estão na origem do livro A Era da Razão.
    Domingo às 21:23

    Neil deGrasse Tyson
    "Para entender que é mais fácil acreditar nos outros sobre o que pensar do que pensar e crer por si mesmo" e "Para aprender que o poder do pensamento racional é a fonte primária da liberdade do mundo".
    Domingo às 21:16

    Eduardo de Souza
    Olá, muito boa obra e tradução! Sou diagramador e revisor, se precisar dos meus serviços, fico à disposição. Abraço e sucesso!
    Sexta às 16:51

    David Miranda
    De certa forma todo mundo pensa q nem esse autor. Até mesmo os religiosos, principalmente os católicos, menos os extremistas. Até quando as pessoas vão demorar para abrir os olhos e enxergar que existe algo de errado nas religiões instituídas? Que quase todas as igrejas, ditas religiões, praticam muito aquém daquilo que pregam. Que Deus nos fez livres para senti-lo e termos nossa própria espiritualidade! Parabéns pela tradução, a humanidade precisa de livros como esse!
    Quinta às 21:39

    David Miranda
    De certa forma todo mundo pensa q nem esse autor. Até mesmo os religiosos, principalmente os católicos, menos os extremistas. Até quando as pessoas vão demorar para abrir os olhos e enxergar que existe algo de errado nas religiões instituídas? Que quase todas as igrejas, ditas religiões, praticam muito aquém daquilo que pregam. Que Deus nos fez livres para senti-lo e termos nossa própria espiritualidade! Parabéns pela tradução, a humanidade precisa de livros como esse!
    Quinta às 21:37

    João Nisvon Cosme Da Silva
    Uma crítica ferrenha direcionada as religiões de forma brilhante e racional. O autor deísta dispara seus argumentos com sua arma de calibre grosso, levando o leitor a uma reflexão sobre os absurdos das religiões e suas risíveis mitologias infantis, porem trágicas e fomentadora de absurdas perseguições contra a ciencia e a verdadeira lei da natureza.
    Quinta às 22:54

    Hitchens
    "Um livro oportuno que traz o melhor de Thomas Paine em seu estilo mais incisivo". — Cristopher Hitchens.
    Quarta às 23:33

    Cristopher Hitchens
    "A obra de Thomas Paine, assim como a Bíblia e as peças de Shakespeare, vêm à lembrança em tempos de tensão carência ou mesmo de alegria. Numa época em que tanto os direitos quanto a razão são alvo das mais variadas formas de ataque, abertas ou veladas, a vida e os escritos de Thomas Paine farão para sempre parte do arsenal do qual precisaremos depender."
    Quarta às 23:30

    Rafael Magnani
    Entra hoje a quarta edição, com muitas melhorias na diagramação. A técnica utilizada aumenta o prazer da leitura, principalmente da versão impressa.
    Terça às 15:50

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  2. Compre a Era da Razão: https://www.clubedeautores.com.br/book/163435--A_Era_da_Razao#.WiH74lWnHct

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