Deus Me Deu Razão e Não Religião.



“O problema não é Deus, mas a religião que O proclama!” – José Saramago (adaptada).

Por mais que teoricamente todas as religiões busquem a paz e o bem de seus fieis, sabemos que as mesmas são as grandes causadoras das diversas mazelas sociais, pois, na tentativa de ilibar a sociedade criaram-se doutrinas as quais “obrigam” seus servos a segui-las fidelissimamente o que é o grande entrave, afinal, quem quer que tenha pensamentos opostos aos pré-estabelecidos pela igreja é vítima de preconceito, este por diversos fatores como cor da pele (suposto povo amaldiçoado por Noé), heresias (inversões, orações aos mortos, reencarnação, adoração de imagens, negar a Divindade de Jesus, adotar a salvação pelas obras, negar a salvação pela graça etc.), e ainda o preconceito sofrido pelas religiões africanas.

Sem todas estas doutrinas religiosas a sociedade viveria em harmonia uns com os outros, afinal, desde a Idade Antiga tudo o que hoje a igreja condena era visto como forma natural.

“A religião é o suspiro da criança acabrunhada, o coração de um mundo sem coração, assim como também o espírito de uma época sem espírito. Ela é o ópio do povo.” - Karl Marx.

Bruno Domingues





15 comentários:

  1. Caro Bruno Domingues!

    Devemos compreender a diferença das relações, afinal nos cabe sendo deístas a razão. Devemos também compreender as questões sociais e principalmente culturais.

    Embora estejamos vivendo um momento de globalização, miscigenação dos povos e culturas, ainda persistem as diferenças culturais. Não vemos, por exemplo, nas culturas orientais a presença e influência política do cristianismo e de outras religiões ocidentais, tanto quanto africanas e vice versa, isso é normal, historicamente normal e até certo ponto necessário devido justamente ao regionalismo.

    Não existe malevolência na religião ou religiosidade, pelo contrário, em sua maioria as religiões são antes de tudo filosóficas e sendo tal é uma atitude; ação psíquica e evidentemente; humana. Então meu caro, quando falo das diferenças regionais e culturais, estou falando das diferenças humanas, somos indivíduos tentando conviver em sociedade e essa convivência passa pelo respeito ao outro, em todos os aspectos, sociais, culturais e porque não; religiosos.

    Coitada da religião, se não fosse os interesses e os interessados, politicamente falando; se apenas bastasse a essência filosófica de cada qual; se as doutrinas não fossem meras imposições; se as liturgias não fossem indutivas; dentre os “ses”, porque não a religião? Alguns acreditam na vida após a morte, outros em Buda, alguns em Cristo, existem até aqueles que acreditam na divindade do falo; pênis... é, órgão sexual masculino... mutilam-se, torturam-se, jejuam-se, matam-se e mata-se e até drogam-se por meios de chás, ervas e tals, outros externam o pior do fanatismo que é o suicídio coletivo. Podemos não concordar e evidentemente que em muitos casos não concordamos mesmo, porém a religiosidade é fundamental para o insignificante ser humano e devemos respeitá-la e aceitá-la, não é a religiosidade malevolente, pelo contrário, nós dentro da razão devemos usá-la a favor, ou melhor, em nosso favor. Lembro-me de uma frase celebre de Stephen Hawking, “Deus é espontâneo e figurado”.

    Então eu penso que não seja a religião o problema, o problema está nas ordens; instituições e nos homens que a elas governam, nas doutrinas impositivas, no radicalismo, no fanatismo e na escuridão da ignorância.

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  2. Não concordo com a opinião de Aurélio, afinal o pior cego é aquele que não quer enxergar, a religião é e sempre será maléfica a sociedade, o que nos faz crer nesta opinião do Aurélio é um interesse pessoal como todo religioso...

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  3. Apoio o escritor da publicação. Sofri muito preconceito em todas as religiões pelas quais passei. Tudo porque tinha perguntas que gostaria que a religião respondesse, mas que não foram capazes de me elucidar e que só encontrei no estudo da filosofia deísta.

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  4. Desculpem-me, reconheço minha dificuldade de expressar, talvez não tenha passado diretamente minha opinião...

    Ou então..... Faltou um pouco de interpretação e leitura ao primeiro anônimo.

    Por certas tendemos a interpretar os fatos como sendo pessoal ao invés de institucional. É bem verdade que as religiões são os maiores berços do preconceito e intolerância, porém não devemos relacionar isso como sendo pessoal, afinal podemos concordar que a religião em si possa não ser meramente benevolente, mas a religiosidade é de certa forma; indiscutível.

    Eu pergunto; que mal há em uma oração ou reza? Infelizmente alguns não conseguem separar as coisas; RELIGIÃO de RELIGIOSIDADE; INSTITUIÇÃO da PESSOA.

    O deísmo roga pela razão, mas a razão no sentido pleno da palavra. Essencialmente racional o deísmo deve ser difundido. Não vejo no deísmo qualquer relação com arrogância, destempero ou rixa qualquer, pelo contrário, o deísmo é fundamental o respeito e considerações.

    Há de considerarmos e aceitarmos, talvez sim concordarmos.

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  5. Gostaria de participar me encontrei DEÍSTA incondicionalmente hoje.

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  6. A religião de certa forma mantém um controle nas ações pensantes e na estrutura de caráter de cada ser ! Eu passei pelo catolicismo, pelos protestantes e espiritas, mas não me identifiquei com elas. Mas não posso negar que elas apoiaram para que eu me torna-se uma pessoa que age pela razão, usando a essência forma de viver ! Hoje conheci o deísmo e me encontrei 100% !

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  7. Mário! Você tem razão, a religião; (esqueça os homens e suas doutrinas) de certa forma nos molda; concepções e até o sentido filosófico são formadas direta ou indiretamente por parte dos conceitos religiosos. Religiosidade é isso que venho sempre defendendo, pois a religiosidade tanto quanto o próprio deísmo são filosofias pessoais, ou seja, dentro da essência nos cabe á interpretação.

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  8. Belas palavras Aurélio, este é meu pensamento! Como diz um belo ditado : A mãe que leva seu filho a igreja, não vai visita-lo numa cadeia (mas ou menos isso). Mas não é pela doutrina da religião e sim pela religiosidade que se manifesta com gentileza e gratidão, que são essências da vida !

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  9. Sim, acho que a razão e a religião podem ser conciliadas. É importante colocarmos a religião em seu contexto real: ela é produto da cultura e é tão diversa quanto as culturas que a produzem. Tem base em histórias, crenças e mitologias. Mas a religião não tem nada a ver com a verdade racional. Se tomarmos a religião como verdade única é bem provável que tenhamos problemas. Primeiro porque não existe a religião, mas as religiões, que se contradizem entre si gerando desentendimentos e até guerras. Depois porque ter mitologias como verdades acima da ciência potencialmente gera comportamentos distantes da realidade racional, potencialmente esquizofrênicos tão prejudiciais à mente quanto drogas alucinógenas. Se o conceito de “Deus” é algo positivo, não deve estar associado aos desentendimentos, guerras e esquizofrenias produtos da religião. Assim, Ele na sua perfeição, também não deve estar associado às religiões mas à aceitação da realidade de nossas vidas que desprezamos para aceitar as mitologias analgésicas.

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  10. Descobri a pouco tempo que sou Deísta e gostaria do conselho dos mais maduros: Qual seria a metodologia que eu deveria utilizar com minha filha de 05 anos pra ela entender o que aos 32 vim entender. Ou seja ensina-la o caminho em que deve andar sem Bíblia, igreja etc...

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  11. Dimas Vilela...

    Sua relação paterna é muito parecida com a minha, também tenho uma filha agora já com 19 anos, penso que posso lhe passar alguma coisa que aprendi nessa minha relação.

    Olha meu caro, não será fácil, porém é prazerosa a educação de nossos filhos e essa educação demanda tempo, paciência e dedicação, talvez não agora, mas no futuro tudo pode ser estabelecido e compreendido e tenha consciência que talvez, por mais que tenha tentado o resultado pode não ser o esperado, mas com certeza uma semente será plantada e o fruto colhido, no mínimo uma relação tenaz entre pai e filha, se conseguir isso já terás a vitória. Compreende? A compreensão é a essência dessa relação e da filosofia deísta.

    1» Não vá de encontro há nada que ela, embora apenas com 5 anos possa acreditar ou crer.

    Nós vivemos numa sociedade majoritariamente cristã, seja pelo catolicismo, protestantismo, espiritismo e até mesmo pelo candomblé, então é normal as influências. Por exemplo, em minha opinião não vejo mal algum crer no papai Noel ou coelhinho da páscoa, embora estes personagens estejam relacionados aos cristianismo, fazem parte da cultura popular majoritária e penso que nossos filhos devam estar inseridos no contexto da socialização e convivência. Eu adoro estas datas, mas não as relaciono ao nascimento de Cristo ou de sua ressurreição, não as relaciono por compreender suas essências, ou seja, compreendo perfeitamente as origens católicas de tais datas, porém pessoalmente compreendo que estas datas são datas de harmonia, reunião, festa, família, diversão e lazer, são datas onde podemos festejar com alegria a nossa felicidade pessoal junto aos queridos e próximos.

    Imagine sua filha no primeiro emprego, na páscoa, não podendo participar de um amigolate com seus colegas de trabalho. Não podendo ganhar um ovo de chocolate do namorado. No natal todos festejando e ela trancada em casa; só porque é deísta? Chato não?

    Sintetizando; neste final de ano, aqui no meu trabalho fizemos uma festinha de confraternização, um dos colegas é evangélico e pediu pra fazer uma oração, demos então todos as mãos e ele fez a tal oração, eu estava junto e de mãos dadas com os colegas, não estava orando como eles dizem, mas estava inserido no processo, independentemente da minha filosofia deísta. Não poderia simplesmente dizer-me deísta e recusar a participar do momento, afinal ali estavam católicos e evangélicos, sei lá, talvez espíritas e ateus e eu; deísta e principalmente, colegas de trabalho, seria no mínimo incoerente, deselegante e uma atitude irracional; ignorância.

    O que estou querendo dizer é que existe uma linha tênue entre as diferenças, no caso as datas podem ser cristãs, mas em nosso entendimento e compreensão? É essa diferença que devemos compreender para que não sejamos mal interpretados, pois o diferente é plausível de repulsa e discriminação.

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  12. CONTINUA...

    2» Não tente fazê-la crer no que você acredita através da imposição.

    Nós pais somos como espelhos para nossos filhos, somos os mais fortes, heróis, bonitos e inteligentes, devemos sempre nos aproveitar dessa porta de comunicação, então é através da experiência que devemos ensinar nossos filhos, eles nos observam em tempo integral e tentam nos imitar, ainda mais com 5 anos.

    Então eu penso que o exemplo, inclusive figurativo seja o melhor caminho. Tente sempre que possível a discussão, exemplificar suas concepções deístas e principalmente quanto aos questionamentos. Sabes aqueles porquês típicos dos filhos? É nesta ora que você poderá exemplificar a filosofia deísta. Penso que a melhor maneira de convencer alguém seja através do ato de fazê-lo refletir; pensar e racionalizar sobre os fatos. Mas para fazer alguém refletir sobre sua concepção, terá que ser convincente nos argumentos, ou seja, não há espaço para o figurado e sim o argumento, pois o argumento deve ser plausível e racional. Para que você consiga ser argumentativo, terá que compreender a essência da filosofia deísta.

    3» Entendimento e compreensão da filosofia deísta.

    O princípio deísta é que Deus existe; onipotente, porém ausente; figurado, porém espontâneo. Deus é o criador e sua obra inacabada; inacabada porque através das forças universais e suas regras, Deus ainda a cria. Somos todos e tudo parte do sistema de engrenagens, estamos predispostos as forças que moldam o universo; vida. Através das energias e matérias e suas metamorfoses a criação é uma constante, ininterrupta e infinita.

    Para compreensão deísta é preciso mentalizar; racionalizar de forma universal, os meios mundanos e humanizados nem sempre ratificam a filosofia deísta, devemos compreender as razões e funções das forças universais em cada sentido a tentar transformá-la numa maneira pessoal.

    4» O mais importante; sua relação.

    Na verdade, relativamente nada acima importa se não, quando confluente na sua relação íntima com sua filha, ou seja, naturalmente falando as idéias e concepções deístas surgirão de forma gradativa e serena e o mais importante é que a filosofia faça de vocês pessoas íntegras, boas, amigas, sensatas, racionais, livres de pensamento e preconceito, predispostas, abertas e compreensivas. O livre arbítrio é uma porção do poder de Deus; um presente da divindade e nossas manifestações através desse poder são nossas melhores atitudes.

    Fazer-se acreditar e fazê-la acreditar-se é o melhor para qualquer ser humano. A auto estima é o maior poder deísta; confiança livre de dúvidas e quando há, buscar o entendimento.

    Espero ter ajudado.

    THE END.

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  13. Primeiramente quero agradecer as palavras de nosso amigo "Aurélio Costa". Tenho buscado diariamente o que tenho feito a vida toda, conhecer-me melhor e fazendo isso acredito que me aproximo mais de Deus...E tenho feito deste blog uma fonte de conhecimento inicial no Deísmo, entro em cada tópico e observo as conversas e aprendo bastante com vocês...Desejo uma boa noite a todos e coloco-me a disposição tb, quanto algum comentário..Valewww

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  14. Parabéns Aurélio Costa pelas palavras.

    Hoje tenho 16 anos e sou um Deísta, sou muito feliz. Hei de aprender muitas coisas durante a minha trajetória aqui neste universo de felicidades e infelicidades impostas pelas religiões e a quem as seguem.
    Parabéns mesmo.!!!

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  15. A religião separa e escraviza o ser humano e prol do enriquecimento de poucos "escolhidos". Vejo a religião como um entrave em busca de um contato direto com o Criador. A religião faz o indivíduo crer que o fracasso dele é fruto do desejo do Criador, ou seja impede o cidadão de lutar por algo mais o lançando no conformismo e esquecimento. E essa lista de "fracassados" tende a aumentar exponencialmente, visto que para haver os poucos "escolhidos" e necessário que hajam os muitos "fracassados". Os supostos "guardiões" da verdade são apenas meros predadores do conhecimento e ceifadores da alma. Concordo plenamente com o autor. Parabéns

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