O problema da verdade


Por Marcelo Wagner

  A verdade é. . . Vocábulo que, não comporta uma definição de aceitação unânime. Dar-se-a, muitas vezes, de forma intuitiva.

  Vejamos os exemplos abaixo, a ela relacionados:

Lei da Gravidade

  “Do ponto de vista prático, a atração gravitacional da Terra confere peso aos objetos e faz com que caiam ao chão quando são soltos no ar (como a atração é mútua, a Terra também se move em direção aos objetos, mas apenas por uma ínfima fração).”

1° Lei da Termodinâmica

 “A energia total transferida para um sistema é igual à variação da sua energia interna.”

Osmose

  “Movimento da água entre meios com concentrações diferentes de solutos, separados por uma membrana semipermeável. É um processo físico-químico importante na sobrevivência da células.”

Operações matemáticas
  
  2 + 2 = 4

Fatos do cotidiano
  
  STF suspende a aplicação da Lei da Ficha Limpa para as eleições de 2010.

  Os exemplos acima listados são verdade na qual aderimos. Verifica-se que elas se impõem de forma arbitrária. A verdade é impositiva, não há como questioná-la.

  Séculos atrás imperava a teoria geocêntrica. Maquiável identifica o equívoco de tal teoria e nos apresenta o modelo heliocêntrico. A Igreja Católica relutou em retificar seu erro, tentando impor um modelo que ia de encontro a verdade. Esta última, uma vez comprovada, se impôs, não cabendo a ninguém questioná-la.

Onde quero chegar?

  O que é passivo de questionamentos, não se pode atribuir num primeiro momento, plena veracidade.

  E o que fazem as religiões? Afirmam cada uma, em seus ensinamentos e dogmas, conter a plenitude da verdade. Sendo o objeto das religiões DEUS, e por este não se fazer “presente”, uma vez que as religiões criam meios de se chegar a ele, como podem avocar para si o direito de detentoras da verdade? Simples, seus livros mágicos. Historias e alegorias. “Cave ab homine unius libri”, (Cuidado com o homem de um só livro, já nos alertava São Tomás de Aquino).

  É a fé que fundamenta a existência de cada Religião. Fé e verdade não se confundem. A fé é um atributo pessoal, intrínseco, ao passo que a verdade é uma constatação universal, extrínseco ao indivíduo. Não se pode dar a fé, conotação de verdade.





Um comentário:

  1. Gostei do texto, só não entendi o q Maquiável tem a ver com a teoria do heliocentrismo. Não seria Nicolau Copernico??

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