Deísmo e Ateísmo


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Por: Peter Murphy


A questão que se coloca é sobre a natureza: é uma criação eterna a natureza? Ou de um acidente dentro da natureza.  O deísta vai afirmar que é uma criação, mas deístas diferem quanto ao grau de envolvimento por parte do Criador no processo.  O ateu vai contar que ele seja eterno, ou acidental.  A resolução final do problema será resolvida eventualmente pela ciência. Para começar, vamos olhar a natureza como sempre mudando e moldando a pintura.  A ciência tenta compreender do que a pintura é composta, a relação das tintas individuais, e as pinceladas que estão envolvidas no produto final.  Mas, o que sobre o pintor?  Se admite que a natureza é semelhante a uma pintura, que ela não está muito longe a um salto para concluir que existe um pintor, ou pelo menos existia em um tempo.

 O ateu sempre recorre à falácia lógica conhecida como ad argumentum Verecundiam (recurso ao pudor) quando se trata de deístas e teístas.  O apelo aqui é para a ciência como uma autoridade que não pode ser contestada.  Infelizmente, esse recurso é atormentado por seus próprios problemas.

 Primeiro de tudo, a ciência não faz nenhuma reivindicação a respeito de Deus de uma forma ou de outra, por isso não são os cientistas que estão a maior parte alegando que Deus não existe, alegando que há falta de provas, mas o leigo 
científico afirmando-a.

 Em segundo lugar, a ciência de todas as suas grandes realizações ainda está na fase infantil, há muito sobre a natureza simplesmente não se sabe tudo, mesmo neste planeta.  Portanto, para concluir que é uma disciplina que tem limitações, aqui e agora, de alguma forma pode-se concluir que algo além de sua capacidade imediata de estudo é a última palavra, logicamente falando, uma falácia.






A própria ciência é um pouco preconceituosa também.  Ela sofre de miopia, o que não se pode observar diretamente ou indiretamente, ela ignora.  Coisas como a memória pode ter uma base na biologia, mas é seguro concluir que a biologia é só por aqui?  Ninguém jamais viu uma emoção, ou uma lembrança, mas elas existem.  Portanto, não é exagero concluir que há mais na natureza do que observamos em nosso próprio canto limitado da mesma.  A ciência apenas tocou a ponta do iceberg científico, a ciência não pode ser usada para descartar a idéia de que um Deus pode existir.  Se não se pode compreender verdadeiramente um grão de areia, então não se pode compreender a praia.

 Então onde se encontra o deísta?  O deísta reconhece as limitações da crença, mas ainda possui a coragem de acreditar.  A crença em Deus não é ilógica mais do que a crença em formas de vida extraterrestre. Entretanto, apesar da atual falta de provas para as formas de vida ET, poucos cientistas atrevem definitivamente demiti-los.  Aceitam que formas de vidas extraterrestres podem existir, então deve-se concluir que tais formas de vida poderia ser muito superior a nós em conhecimento e poder - se assim for, então Deus é em certo sentido, poderia ser considerado como uma forma de vida ET, bem .  Ou, mais precisamente uma forma de vida extradimensional.  Tal ser, ou seres, não podem  ser julgados como impossibilidades.

 As exigências que o ateu deísta ou teísta, a comprovar a existência de Deus.  Eles sempre recorrerá a falácias lógicas próprias, por exemplo, um dos mais comuns é a petição de princípio implorando a pergunta) falácia (, mas é algo parecido com isso: Deus não existe, porque nós não encontramos nenhuma evidência de Deus na natureza.  Mas isso é verdade?  Não. Nós hoje não sabemos o suficiente sobre a natureza para fazer a tal conclusão, finalmente, a possibilidade de que existe um Deus que pode ser comprovado.  O ateu não tem provas de que o universo é eterno ou acidental. Obviamente, há uma grande lacuna entre a especulação e o fato da mente racional.

Nós temos a pintura, mas a julgar que há um pintor é ilógico, se não a provas de que seja uma pintura eterna ou um acidente.  Até agora, o que toda ciência tem oferecido é especulação com base em inferências a partir dos dados disponíveis [o que está longe de estar completo], no entanto, uma vez que a evidência não é completa, nem totalmente compreendidas, as generalizações por ateus no que já existe e não existe são infundadas.

 Ateus gostam de passar o ónus da prova de si para os seus adversários a debater, em suma, o crente em Deus tem de provar a Deus, mas o ateu não vai defender a sua posição de que o universo seja eterno ou acidental.  Muitas vezes essa tática funciona, o crente, em seguida, tentar fazer um argumento para Deus, só para ter a demanda. O ateu quer que o crente primeiro defina Deus de alguma forma clara.  Uma vez que o crente faz esse erro, ele perde o debate.  Estamos ainda no processo de compreensão da pintura, quem está de modo a tentar definir o pintor está fadado ao fracasso, o crente deve reconhecer esta tática, e evitá-lo.  Os deístas devem se sentir livres para declaram abertamente que não há absolutamente nenhuma prova contra um ser criador, ou uma criação, e que todos os céticos têm a oferecer é especulação científica sobre os muitos limitados dados.  Os deístas acreditam que há algo mais, o que não é razoável, é muito mais humano e racional.  Esse "mais" é Deus.  Os deístas estão dispostos a esperar pela resposta e estão mantendo uma mente aberta sobre o assunto, e os ateus temem a espera.  Simplificando não há nenhuma evidência contra Deus, nem há provas contra a criação e o design.  O ônus da prova não reside na mente aberta, mas na dogmática mente fechada, que pressupõe que já sabemos tudo o que há para saber.




12 comentários:

  1. Show de bola o artigo, e como já coloquei, sou ateu mas acredito que logo logo o conceito religião sera falido. Sobrarãm ateus e deistas! Esse será um mundo perfeito, pois apesar de ateu eu não descarto completamente estar errado. Nem poderia, ainda não existe prova suficiente para isso! Mas se ambos andam sobre a razão, estamos andando juntos, por isso não gostei do titulo Ateus x Deistas. Neste caso não é um X de dois lados em conflito, mas sim apenas dois lados em parceria!

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  2. Perfeito!
    Assim como nós deístas, sabemos das limitações da crença, os ateus devem conhecer as limitações da ciência. Digo em sua maioria, pois já existem deístas e ateus que conhecem seus limites.

    Concordo com o Jose, andaremos lado a lado em breve, usando a ciência para evoluir e o espírito para nos motivar.

    A Terra, planeta tão farto e bonito, agradecerá. Rs!

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  3. Excelente texto, parabéns.
    Sempre acreditei em Deus, mas nunca me senti confortável com religião. Agora estou conhecendo o Deísmo, e me identificando em vários pontos, e esse site está ajudando muito.

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  4. po deísmo é a filosofia mais sensata que existe
    por isso sou um novo deísta e eu me encaixo direitinho no deísmo.

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  5. otimo artigo. alguns ateus de facebook bem que podiam enxergar que o ''dogma'' que tanto criticam na religião, de fato os mesmos possuem em outras condições e caracteristicas. falacias também são extremamente presentes, a mais famosa é ''o crente fez , a culpa é de deus''. ás vezes fico na duvida se os ditos ateus são ateus ou neoateus. Infelizmente, me parece que a maioria se encaixa na segunda classificação .

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  6. O instrumento da verdade científica é o experimento
    O instrumento da verdade teológica(estudo sobre Deus) é a Bíblia ou a palavra de Deus
    A ciência está sempre mudando de opnião
    A palavra de Deus é imutavél escrita por 40 autores em diferentes épocas em um período de 1500 anos não se contradiz ela é perfeita
    Para aprender qualquer coisa estuda-se
    A mesma regra aplica-se para saber mais de Deus, aliás niguém chegaria ao conceito da existência de Deus se não fosse a bíblia revelar a existência de um Deus criador dos céus e da terra e do mar e de todo o universo e mais, explicando como criou pode o computador perguntar ao homem como ele o fez mas Deus responde ao homem como ele nos fez somos pó o homem sem Deus é limitado!

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  7. O homem precisa reconhecer sua condição miserável que escolheu ao optar viver idependente de Deus destruindo a si próprio ao próximo e a própria natureza e ficar numa dúvida terrível do que é o certo e o errado, a bíblia tem respostas pra tudo! e afirma que a única verdade é o Senhor Jesus Cristo!

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  8. Olá, sou cristão e tento viver uma vida totalmente longe de tudo o que "não presta"(Comprovadamente em exagero, a ciência comprova, bebidas, cigarros, drogas e etc, fazem mal para o ser humano) e ajudando ao próximo como é um dos fatores em que a “religião” me ajudou muito a entender.
    Sou cristão desde criança, mas, como todos sempre tive dúvidas, nunca vi evidências de milagres(SOBRENATURAIS), nunca vi um morto ressucitar, ou então ficar sabendo de algo tão magnífico nos dias de hoje. Porém, isso não muda a existência de Deus, eu acredito que num futuro(Se houver futuro), as pessoas vão acabar com essa história de religião, o que nós precisamos talvez, é nos tornar deístas, e pregar o amor e união das pessoas, e utilizar a ciência e natureza como conhecimento absoluto…Porém, se algumas palavras da bíblia vierem a ser incontestáveis(somente para algumas pessoas), como a "marca da besta", o fim do dinheiro vivo em papel, como conhecemos hoje e o apocalipse vier à tona, como parece ser o futuro mais próximo disso nos dias de hoje, seriamente o apocalipse provaria a evidência de Deus, não existirão coincidências se logo isso se tornar um fato. Outra coisa que a humanidade deve lutar contra, é o poder das “sociedades ocultas” que oprimem este mundo.

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  9. Este comentário foi removido pelo autor.

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  10. ♫♪Clap...clap...clap..♪♫

    ♫♪Fiufiuuuuu....fiufiuuuuuu.....

    ♫♪Clap...clap...clap..♪♫

    ESTOU DE PÉ

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  11. Bom, não posso deixar diante deste maravilhoso texto ratificá-lo segundo minhas interpretações.

    O texto começa com um pergunta; “é uma criação eterna a natureza?” Sim, não só eterna como constante e interminável, não somente como uma simples pintura, mas uma obra prima. Obra prima porque é perfeita; perfeita porque o pintor é perfeito e esta obra é perfeita por sua perfeição.

    Segunda pergunta; “o que sobre o pintor?” Não precisamos necessariamente ter uma assinatura nas obras de Michelangelo, tanto que em sua maioria não consta assinatura, mas sabemos que certas obras são de sua autoria. Sabemos por suas características indubitáveis e indiscutíveis. Ao leigo cabe a dúvida, mas com certeza um especialista reconhecera.No caso da obra prima da natureza, o criador assinou tudo, aliás, assinou todas, porque a obra prima é um conjunto de obras inacabadas, porém perfeitas; intermináveis, porém funcionais e ainda as assina, porque és constante. EVOLUTIVAMENTE CONSTANTE.

    A ciência é também perfeita, os cientistas é que não o são, afinal são seres humanos comuns, talvez com pouco mais de intelecto, mas comuns. Míopes? Com certeza e sempre serão. Preconceituosos? Claro; evidente, preconceito é uma atitude até então exclusivamente humana A evolução do meio antecede o biológico. A ciência também está em constante evolução e os cientistas irrefutavelmente acompanharam essa evolução. A ciência realmente não reivindica a existência divina, até porque a própria ciência faz parte do conjunto arquitetônico. O iceberg sempre será um iceberg, um grão de areia; sempre um grão de areia. A ciência e a busca interminável e constante pelo conhecimento fazem parte da obra prima, então ciência e conhecimento são EVOLUTIVAMENTE CONSTANTES.

    Biologia, a ciência não contradiz a biologia, até porque a própria biologia é uma ciência e sendo ciência é uma exata. Emoções, memórias, lembranças são funções psíquicas e sendo assim fazem parte da psiquiatria, que é uma ciência, do ramo da medicina.

    Não há nada ilógico na crença em Deus, nem mesmo em vida extraterrestre. É lógico e evidente, quer ver? Pois vou lhes provar...

    Existe uma prova física da presença alienígena na terra. Indiscutivelmente; irrefutavelmente veio do espaço, longe, muito longe, do espaço muito provavelmente desconhecido até hoje...

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  12. ÁGUA.

    É fato que na sua origem a terra não continha água, toda água veio do universo, através de meteoritos, meteoros, cometas, gases, minerais e impactos, a própria água é um mineral. Um fator interessante sobre a água é sua formação molecular, dois gases; oxigênio e hidrogênio, porém o hidrogênio é especial; fantástico. O hidrogênio não se enquadra na tabela periódica é o elemento químico mais abundante, raro na terra, elementar no universo. Estrelas, planetas gigantes gasosos, nuvens moleculares, o sol; enfim. 75% de toda matéria é formada por hidrogênio e quase 90% dos átomos.

    Se oxigênio na sua formação molecular é O2 e hidrogênio H2, porque então o símbolo químico da água é H2O e não H2O2? Pois então, essa é a maior particularidade do hidrogênio, suas ligações podem ser químicas ou não, quando não, são apenas interações servindo de “elo” entre os elementos. No caso do oxigênio que é um elemento altamente eletronegativo, o hidrogênio apenas faz a ligação anulando seus elétrons que são positivos. (Chato essa aula de química, né! Calma, ta acabando.), isso significa que o hidrogênio no caso de ligações não altera a estrutura molecular de outros elementos, somente as anula. A água não se mistura com nada, outros elementos é que podem ser dissolvidos em água. Dissolver é diferente de misturar. Misturar significa gerar nova composição química, dissolver significa que a qualquer momento os elementos podem ser separados e essa particularidade da água se deve ao hidrogênio.

    Então convido vocês a pensarem nas possibilidades, sendo o hidrogênio essencial e elemento básico à vida, imaginem o que estas ocorrências impactantes poderiam ter trazido a terra. Microorganismos, bactérias, DNA, RNA, genes, novos elementos, novas composições e até mesmo algumas formas de vida; nanoscópicas e microscópicas, mas com toda certeza a água trouxe algo essencial a vida na terra.

    Muitas vezes procuramos respostas complexas, quando na verdade podem ser simples respostas.

    Deus é extraterrestre? Deus é tridimensional? Deus é perfeito? Enfim, Deus existe? A resposta a todas estas questões é SIM, evidentemente SIM, só não vê as evidências quem não quer vê-las. Prestem atenção à simplicidade das coisas, a obra divina é perfeita e simples e se é uma obra com certeza o autor está por ai. Talvez ele seja tímido e humilde o bastante para querer o reconhecimento de sua obra simplesmente por ela ser uma grande obra, o reconhecimento por sua obra lhe basta. Não há nada especulativo na existência de Deus, a especulação parte da recusa, da não aceitação, da incompreensão e da ignorância.

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